Gerbo, o arquimago.

___O exército estava posicionado, mais de dois mil homens. Os soldados estavam com medo. Os capitães preparavam as gargantas para gritar suas ordens. O general estava extremamente tranqüilo, mas sua montaria estava inquieta, sabendo que outra grande luta estava por vir.

___Estavam em uma planície, muito extensa Sem arvores, montanhas ou grama alta por perto. Mas nenhum sinal do exercito inimigo:
-Onde será que estão? Será que abandonaram guerra? –Resmungava o general, quase ordenando a retirada do exército antes que a escuridão da noite tomasse conta da planície.

___Poucos segundos depois, dois dos capitães viram figuras se aproximando do exército, três por leste e um pelo norte. Andavam calmamente como se não quisessem nada. Ao verem aquele exercito, os três da direita hesitaram em continuar, se entreolharam e decidiram continuar seu caminho. O solitário, que vinha pelo norte, pareceu não mudar a velocidade do passo e era impossível dizer quem era, pois usava um manto azul claro com capuz branco que cobria todo o seu corpo e rosto.

___Quando ele pouco mais de cinqüenta metros do exercito, ele parou, viu as três figuras vindo do leste, levantou a cabeça abriu a mão em sua direção e disse “Lanças de Gelo”, três vezes consecutivas, e a cada vez que ele pronunciou, dez estacas de gelo caiam do céu em cima de um deles. Matando os três em menos de cinco segundos.

___Gerbo, o arquimago, olhou maldosamente para frente, para o exército, procurando o líder.

___Gerbo olhou fixamente para o General do exercito a sua frente, para ver como reagiria após ter visto alguém conjurar magias com tamanha rapidez e destreza, mas o general pareceu não ter visto, estava concentrado em outro lugar, algum lugar no horizonte, um minúsculo ponto dourado, mas logo olhou para os três corpos mortos com estacas de gelo que atravessavam seus corpos e para Gerbo, que agora tinha ambas as palmas das mãos viradas para o exercito.

___Sem entender o que havia acontecido, apenas vendo que ele era uma ameaça, gritou a sua ordem de atacá-lo, Imediatamente seus capitães repetiram a ordem e a primeira linha correu em direção do inimigo. Enquanto corriam os primeiros dez metros, a frente da primeira linha já havia caído, e todos por terem tentado passar por uma pequena parte que reluzia o ar com uma cor vermelho fogo, Pouco antes de apagarem uma pequena chama, que começava perto dali graças, com seus passos.

___Houve um breve momento antes dos soldados voltarem a correr, mas logo após isso, eles viram uma bola, do tamanho de um polegar, sair da mão do arquimago, e ao se aproximar dos soldados ela explodiu, com tamanha força que matou boa parte do exercito que fora enviado para atacar, os que não morreram caíram no chão com a força do vácuo feito pela explosão e gravemente queimados.

___O general, vendo tal habilidade, ordenou a retirada do resto do exército. Quinhentos soldados foram perdidos, não queria se arriscar a perder mais.

___Gerbo vendo a cena dos inimigos fugindo, colocou a mão esquerda para cima e apoiou a direita em seu pulso, começou a conjurar outra magia:
-Neeeee...
-Corram soldados!!! Corram porque a vida de cada um de vocês depende disso. –Gritava o general, desesperado.
-Vaaaass... –Continuou Gerbo. Caaaaa!!

___Após terminar sua conjuração, ele abaixou a mão esquerda, direcionando-a para seus pés, e com a mão direita fez um semi-circulo no ar, fazendo a neve que caia por toda a planície ficar mais densa, deixando a planície cada vez mais gelada, em um clima quase impossível de sobreviver.

___Menos de um minuto depois, a neve parou de cair, mas iria demorar a planície voltar ao normal.

___No meio da neve, aparece um homem, andando, batendo palma lentamente...
-Impressionante, realmente impressionante. –Dizia o homem enquanto caminhava. Mas já vi mais poderosas...
-Espero que não esteja querendo me insultar!
-De maneira nenhuma. Estou apenas dizendo que posso torná-lo mais forte e...
-MAIS FORTE? Nenhuma pessoa passou por minha nevasca e saiu com vida para contar história.
-Bom... Eu estou aqui, intacto. –Replicou o cavaleiro de armadura dourada e prateada, agora visível, pois estava bem perto. Se quiser aceitar minha proposta...
-Intacto? Espere para ver o que farei com você... –Levantando ambas as mãos na altura da cabeça do cavaleiro. Trovãããããããoooo...
-Você não tem habilidade suficiente para me derrotar, não passa de um mero maguinho fraco. Sem minha ajuda não chegará nem perto de ser reconhecido, ou você acha que eles teriam ficado parados se soubessem quem você realmente era.
-Eu... Eu... Ahh, pare de me atrapalhar, perdi a concentração. Trovãããããããoooo...
-Perdeu a concentração? Então quer dizer que nem se concentrar consegue? É, acho que não merece minha ajuda.
-Pare de falar!!!! –Gritou Gerbo irritado, pois algo no jeito de falar, daquele cavaleiro o fazia perder a concentração.

___Eles ficaram pouco mais de trinta segundos se olhando, sem ninguém falar nada. Até que finalmente:
-Está bem... Diga-me o que tenho que fazer para me unir a seu clã... –Disse Gerbo, após um momento tentando sustentar o olhar do cavaleiro, e não conseguindo, continuou. Senhor....?
-Ningel. Forkin Ningel.
-Certo. Sr. Ningel, Apartir de agora, sigo suas ordens.


Obrigado por lerem. ^^
Gerbo, realmente existiu no ragnarok. Eu conhecia ele, era um grande amigo meu, arquimago. Mas não sei porque ele parou de jogar ragnarok. Essa hitória é um tributo em sua homenagem

Atenciosamente Ningel